segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Casemiro chora e cobra espaço: 'Preciso dar um jeito na minha vida'


Volante se mostra magoado com a fama de marrento. Diz que não é visto com bons olhos no clube e compara a sua situação à de Lucas


O volante Casemiro voltou a ter uma chance de mostrar serviço pelo São Paulo no clássico contra o Corinthians, neste domingo, no Pacaembu, última rodada do Campeonato Brasileiro. Uma chance, acima de tudo, para tentar diminuir as críticas que recebe. As cobranças são pesadas e fizeram o jogador chorar em campo, tanto no intervalo, quando no fim da partida, vencida pelo Tricolor por 3 a 1.

Casemiro deixa clara toda a sua insatisfação por ter perdido um posto entre os titulares da equipe. Afirma que sofre muita rejeição dentro do clube e que só tem o apoio do presidente Juvenal Juvêncio. Ele afirmou ainda que existe uma preferência entre dirigentes por Lucas e que isso o incomoda. Por isso, apesar de manifestar o desejo de permanecer, cogita sair para readquirir espaço.
- Sem dúvida que quero ficar, mas preciso dar um jeito na minha vida. Todos me elogiam, falam que sou grande jogador, só que eu nunca jogo, nunca consigo uma sequência. Volto a falar: o Juvenal é como um pai para mim, mas tem muita gente (no clube) que não me apoia. Sempre olharam o Lucas com outros olhos. É um grande jogador e eu só quero ser feliz como ele aqui - desabafou.

O jogador se mostra muito incomodado com a fama de marrento que adquiriu e garante não ser a pessoa que os críticos pintam.

- Sempre olham para mim como uma má influência, uma pessoa má. Só quero que olhem para mim dentro de campo. Isso me irrita muito. Só quero que não confundam as coisas. Desculpem.

COM DIREITO A 'OLÉ', RESERVAS DO SÃO PAULO BATEM O TIMÃO DO MUNDIAL

Finalista da Copa Sul-Americana, Tricolor poupa titulares e vê suplentes vencerem os titulares do Corinthians por 3 a 1 no Pacaembu


Reserva, sim. Bobo, não. Comandado por Paulo Henrique Ganso e Maicon, autor de dois gols, o time "B" do São Paulo ganhou de virada dos titulares do Corinthians por 3 a 1 neste domingo, no estádio do Pacaembu, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Com a vitória, o Tricolor mantém o embalo para a final da Copa Sul-Americana. E o Timão, que optou por jogar completo, viaja para o Japão com o sinal de alerta ligado. Até para que na semifinal do Mundial, provavelmente contra uma equipe tecnicamente inferior, não cometa os mesmos erros. Além disso, há preocupação com Paolo Guerrero, que machucou o joelho direito no clássico.
 
Mandando o jogo no Pacaembu, já que o Morumbi recebe o show da cantora Madonna na quarta-feira, o São Paulo fez a festa na casa que costuma ser do rival. Empolgada com os 3 a 1, a torcida tricolor gritou "olé" e "nosso freguês voltou". Já classificado para a Libertadores, termina o Brasileirão em quarto lugar, com 66 pontos e a vaga na pré-Libertadores de 2013 garantida. Mesmo sem ambições no Brasileirão, o Corinthians ficou na sexta colocação, com 57 pontos.
Finalista da Copa Sul-Americana, o São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Tigre, em Buenos Aires, no primeiro jogo da decisão. A volta será no dia 12 de dezembro, no estádio do Morumbi - não há mais, como em outras fases, a regra que dá peso maior ao gol fora de casa.
O Corinthians embarca na madrugada de segunda para terça-feira para o Japão, onde vai disputar o Mundial de Clubes da Fifa. O primeiro jogo é no dia 12, mas ainda sem adversário definido - pode ser Auckland City, da Nova Zelândia, Sanfrecce Hiroshima, do Japão, ou Al Ahly, do Egito. A final, ou decisão de terceiro lugar, será dia 16. 
ESTATÍSTICAS
SSPO
COR
faltascometidas
  • 26
  • 15
passeserrados
  • 19
  • 22
finalizações | 8 - 12
assistênciasrealizadas
  • 3
  • 1
defesasdifíceis
  • 3
  • 1
gols da partida | 3 - 1
impedimentosmarcados
  • 6
  • 1
roubadasde bola
9
9



nsatisfeito, Cícero cogita deixar o São Paulo: ‘Queria ser aproveitado’


Meia tem contrato até julho de 2013 e quer avaliar possibilidades para decidir seu futuro. Jogador afirma estar infeliz com a reserva


O meia Cícero, do São Paulo, chegou a ser titular do time durante a temporada, mas perdeu espaço e hoje é reserva. A situação claramente incomoda o jogador, que lembra das boas atuações antes de deixar o time principal. Em função disso, não descarta deixar o Tricolor em 2013. Com contrato até julho, seu futuro está indefinido.
Cícero São Paulo (Foto: Dorival Rosa / VIPCOMM)- Vou ser sincero. Fiquei meio incomodado pela forma como saí do time. Eu me sentia bem, fazia gols e jogava bem, mas saí. Não que eu tenha de jogar. O time está bem, mas, logicamente, gostaria de ser mais aproveitado, pelo que já demonstrei – afirma o jogador.
- Tenho 28 anos e uma família por trás. Nessas horas, tem de analisar o que é melhor para a sua vida. Não vou mentir dizendo que estou feliz aqui. Não tenho vontade de sair, mas tenho de ver se pinta algo melhor. Cada um tem seu jeito de pensar. Vai depender do meu empresário, que está resolvendo tudo – completa.
Na vitória por 3 a 1 no clássico contra o Corinthians, no último domingo, no Pacaembu, Cícero foi um dos reservas que teve boa atuação. O jogador, inclusive, cita a atuação como mais uma para "mostrar para as pessoas que tem qualidade".
O meia, por fim, rechaça a alcunha de "moeda de troca", já que o São Paulo tenta a contratação do meia argentino Montillo, do Cruzeiro, e cogita incluir jogadores na negociação. Neste ano, ele fez 60 partidas e marcou nove gols.

Tigre confirma que a Bombonera receberá final desta quarta-feira


Time argentino é o adversário do São Paulo na decisão da Sul-Americana


Estádio Bombonera, Boca Juniors x Corinthians (Foto: Zé Gonzalez / Globoesporte.com)O Tigre confirmou em seu site oficial que mandará o primeiro duelo da final da Copa Sul-Americana na Bombonera. O confronto com o São Paulo estava sem palco definido porque o time argentino tentava levar a partida para seu campo, o Monumental Victoria, só que o estádio tem capacidade apenas para 20 mil pessoas, sendo que a Conmebol exige o dobro dessa capacidade na decisão da competição. Por isso, o Tigre utilizará o campo do Boca Juniors nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília).
O prefeito de Tigre e home-forte do clube, Sérgio Massa, já havia manifestado a intenção de levar o jogo para a Bombonera, que pode receber 49 mil torcedores. Os detalhes quanto à segurança e à venda de ingressos ainda não estão acertados entre os clubes argentinos. A partida de volta será no Morumbi, no dia 12 de dezembro.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

São Paulo acerta salários com Ganso e não deve subir muito nova proposta

Acordo entre Tricolor, jogador e seus empresários já está feito, mas clube não deve aumentar demais nova oferta e Santos bate o pé por valor maior

 Paulo Henrique Ganso no treino do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)

 

A recusa do Santos, que não aceitou a primeira proposta oficial feita pelo São Paulo para ter o meia Paulo Henrique Ganso, foi encarada com tranquilidade pelos cartolas do Morumbi. O Tricolor fez duas ofertas separadas: R$ 10,7 milhões ao clube da Vila Belmiro, que detém 45% dos direitos econômicos, e R$ 12,5 milhões à DIS, empresa que é dona dos outros 55%. O clube já esperava pela negativa do rival e, nos próximos dias, apresentará novos valores ao presidente santista, Luis Alvaro Oliveira Ribeiro, e seu comitê de gestão.
O Tricolor mantém o otimismo, até porque já costurou o acordo com as outras partes envolvidas na negociação. A DIS gostou da proposta feita por sua parte. Com o camisa 10 do Peixe, tudo está definido. Entre salários e luvas, o atleta deverá ganhar cerca de R$ 280 mil mensais, bem acima dos R$ 150 mil mensais que recebe na Vila Belmiro. O clube quer se tornar dono de 100% dos direitos do atleta porque acredita na recuperação dele dentro de campo e numa venda altamente rentável no futuro.
No entanto, o Santos tem sido enfático em dizer que vai manter o camisa 10 na Vila Belmiro e os dirigentes são-paulinos não pretendem aumentar muito o valor da oferta. A parte do clube alvinegro pode chegar a, no máximo, R$ 15 milhões. E não está descartada a hipótese de jogadores serem incluídos na proposta, caso do lateral-esquerdo Juan, que está atuando por empréstimo no Peixe.

Nesta quarta-feira à noite, Ganso estará em campo na primeira partida da final da Recopa, contra a Universidade, em Santiago. O São Paulo espera que a negociação avance quando a delegação santista voltar do Chile. Por enquanto, a recusa do Santos se deu por meio de uma nota oficial, publicada no site do clube, na noite de terça.

Ney pede o uso da tecnologia para diminuir erros de arbitragem

Treinador reconhece que o Corinthians foi prejudicado contra o Santos e espera que não haja interferência no duelo de domingo, no Pacaembu

 

No último domingo, um erro grave da arbitragem decidiu o clássico entre Santos e Corinthians, disputado na Vila Belmiro e que terminou com a vitória do Peixe por 3 a 2. Em um dos gols marcados pelo atacante André, do time da Baixada, três atletas estavam impedidos (assista ao vídeo). A falha ocasionou uma suspensão de pelo menos quatro semanas ao auxiliar Emerson Augusto de Carvalho.

No próximo domingo, um novo clássico paulista será realizado. Corinthians e São Paulo se enfrentam no Pacaembu. E o técnico Ney Franco não mostra preocupação com o assunto arbitragem, mesmo após toda a polêmica ocorrida no último final de semana.

- Não existe lei da compensação. Todos os times já foram favorecidos e prejudicados. Na rodada passada, foi com o Corinthians, realmente o gol foi marcado em impedimento. Mas agora é vida que segue, é outra partida e espero que a arbitragem não interfira para nenhum dos lados. Tenho preocupações maiores do que isso – afirmou.

O treinador deixou claro que os erros de arbitragem continuarão ocorrendo enquanto providências não forem tomadas.

- Ocorreu um erro no último, assim como em várias partidas. Enquanto não for autorizado o uso da tecnologia, isso não vai diminuir. Mas eu não posso ficar pensando nisso, senão é melhor nem entrar em campo. Temos um jogo importante e precisamos vencer para chegar aos 31 pontos e subir na tabela de classificação – ressaltou o treinador.

Corinthians e São Paulo jogam pela última rodada da fase de classificação. Na tabela, a vantagem é da equipe do Morumbi, que ocupa a sexta colocação, com 28 pontos, quatro a mais do que o rival de Parque São Jorge, que está em décimo. No entanto, o Timão tem a favor um tabu de não perder para o Tricolor no estádio do Pacaembu desde 2005. De lá para cá, foram seis partidas e seis vitórias alvinegras.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cáceres tenta acordo com o Libertad para assinar com o Flamengo

Contrato do volante com o clube paraguaio só termina em 31 de julho, mas ele tenta a liberação imediata 

 

 

Eliminado com o Libertad da Taça Libertadores, Victor Cáceres tenta entrar em acordo com o clube paraguaio para assinar contrato e se apresentar ao Flamengo. Segundo o empresário do volante, Régis Marques, o jogador tem vínculo até 31 de julho com a equipe guarani e, por enquanto, só poderá chegar ao Rio em 1º de agosto. Ele e Cáceres, no entanto, tentam antecipar a saída.
Victor Caceres, Libertad (Foto: Reuters) - Hoje ele não tem como sair antes do contrato acabar, mas estamos tentando antecipar. O Libertad pede um valor muito alto (cerca de R$ 3,9 milhões) para liberar o jogador com o contrato no fim. Como ele tem boa relação com o clube, estamos buscando uma solução que seja boa para as duas partes - disse o agente.

Régis disse ainda que Cáceres recebeu uma proposta do Boca Juniors no início da semana, mas não aceitou a oferta argentina.
- Ele quer jogar no Flamengo. Tanto que surgiu proposta do Boca e ele me ligou dizendo que prefere o Flamengo.
Os clubes brasileiros poderão contratar e inscrever atletas do exterior de 20 de junho a 20 de julho. Anteriormente, o período seria entre os dias 1º e 31 de agosto. Como já havia iniciado a negociação com Cáceres antes da mudança de datas, o Flamengo conversa com a CBF para que o prazo anterior seja respeitado. O clube diz que o caso está sob controle e aguarda.
- Está tudo certo. Só estamos esperando a liberação dele do Libertad - disse o diretor de futebol rubro-negro, Zinho, nesta terça-feira.
Cáceres tem 27 anos e também defende a seleção paraguaia. Ele vai assinar com o Flamengo por quatro temporadas. O jogador foi um dos destaques do Libertad na campanha do time na Libertadores. A equipe chegou às quartas de final, mas foi eliminada pelo Universidad de Chile nos pênaltis.

Por R$ 15 milhões, São Paulo e Oscar encerram disputa e meia fica no Inter

Acordo foi selado em reunião realizada no início da tarde desta quarta-feira. Foi a maior negociação da história entre clubes do futebol brasileiro

 

Depois de dois anos e meio e muitos capítulos, acabou nesta quarta-feira a novela Oscar. São Paulo e Internacional, após meses de negociação, chegaram um acordo e bateram o martelo por R$ 15 milhões. Com isso, as duas partes saíram satisfeitas. O Tricolor, que conseguiu um ótimo valor, a maior negociação entre clubes brasileiros da história, saiu com a certeza de que agiu certo durante todo o processo. Já o Colorado garante a permanência de um jogador importantíssimo para o esquema do técnico Dorival Júnior.
oscar brasil dinamarca (Foto: Mowa Press) O acordo foi fechado depois que a papelada foi mandada no final da semana passada para a Alemanha, onde Oscar estava com a Seleção. Ele e seu empresário, Guiliano Bertolucci, concordaram com todas as cláusulas, assinaram os documentos e tudo ficou resolvido. O diretor técnico do Inter, Fernandão, que foi jogador do São Paulo, teve papel fundamental no acordo, já que a relação entre as diretorias não era nada boa.
- Dentro da complexidade que era o caso, ficamos muito felizes com a solução. Acabei de falar com o Oscar e ele está bastante agradecido à diretoria do Internacional, que assumiu essa questão e resolveu da melhor maneira possível. A partir de agora, ele terá cabeça para pensar apenas em futebol - afirmou o advogado do meia, André Ribeiro.
O valor de R$ 15 milhões corresponde à multa rescisória do contrato do atleta (estipulado em R$ 9,5 milhões), acrescido de juros e de uma indenização pedida pelo clube do Morumbi por perdas e danos pelo período de litígio. O meia, através de uma petição entregue nesta quarta-feira pelos seus advogados ao Tribunal Superior do Trabalho, reconheceu que, apesar do habeas corpus que o permite seguir atuando pelo Internacional, sabia que, no futuro, o fato de ter dois contratos em vigência poderia prejudicá-lo. Por isso, chegou-se a um acordo.
Entenda o caso
Aos 18 anos, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo no dia 18 de dezembro de 2009. Ele alegou que, quando tinha 16 anos, foi coagido pela diretoria tricolor a assinar por cinco anos, o que é proibido pela Fifa, que permite renovações de, no máximo, três anos - quando o atleta é formado pelo próprio clube. O Tricolor alega que Oscar conseguiu sua emancipação e, por isso, firmou um contrato com período maior. O meia ainda reclamou de estar com os salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.
Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que contrato do atleta, que acaba em dezembro de 2012, voltasse a ter validade.

Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional, clube que pagou € 3 milhões (R$ 7,2 milhões) por 50% dos seus direitos federativos.
O Tricolor, então, entrou com várias ações até que, no dia 8 de fevereiro, em decisão da 16ª Vara do Trabalho de São Paulo, o atleta voltou a ter vínculo com o time paulista.
Foi então que o Internacional se mobilizou e procurou o Tricolor para tentar colocar um ponto final na questão. Os gaúchos fizeram duas propostas: R$ 8 milhões e mais 10% dos direitos federativos ou R$ 10 milhões pela cessão de 100% dos direitos. Nenhuma das duas foi aceita pelo clube do Morumbi que, em determinado momento, se manifestou e estipulou o passe do atleta em R$ 17 milhões. No dia 27 de abril, Oscar conseguiu um habeas corpus para que pudesse voltar a jogar, o que não acontecia desde o dia 17 de março. O ministro Guilherme Caputo Bastos, que concedeu o habeas corpus, realizou uma nova audiência de conciliação e chegou-se então ao valor que agradou a todas as partes.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Alma do Barça, Xavi se torna peça fundamental para Espanha na Euro


Multicampeão, meia de 32 anos não perde ímpeto por conquistas e sonha levar a Fúria ao bicampeonato da competição europeia este ano


Xavi é um privilegiado. Aos 32 anos, o meia espanhol, nascido em Terrassa, tem o equivalente a um título por ano de idade. Todos pelo Barcelona, seu único time até agora. Somado a isso, o maestro do time catalão conquistou a Eurocopa (2008) e a Copa do Mundo (2010) pela seleção da Espanha. Currículo invejável.
Com uma carreira tão brilhante e vitoriosa, não seria nenhum pecado se Xavi não tivesse mais o mesmo ímpeto pelas conquistas. Mas ele está longe disso. Às vésperas de mais uma edição da Eurocopa, que começa no dia 8 de junho, na Polônia e na Ucrânia, o meia só “aceita” a Espanha na decisão.
- Estamos ansiosos para ganhar mais títulos e voltar a fazer história. Consideramos que temos uma grande geração de jogadores. Queremos ganhar a Euro ou, pelo menos, lutar até a final – disse Xavi, ao site oficial da Uefa.
Atual campeã do torneio, a Espanha está no Grupo C, com Croácia, Irlanda e Itália. A estreia da Fúria na competição está marcada para o dia 10 de junho, na Arena Gdansk, na Polônia, contra a Itália. No dia 14, no mesmo local, os espanhóis encaram a Irlanda. E encerram a primeira fase com a Croácia, de novo na Arena.
xavi sevilla x barcelona (Foto: AFP)O espanhol Xavi e o argentino Messi, os principais protagonistas do Barcelona (Foto: AFP)
Diretor da orquestra
É claro que a maioria das pessoas lembra primeiro de Messi quando o assunto é o Barcelona. Mas o argentino não está sozinho no papel de protagonista máximo do time catalão. Xavi, apesar de não ter a mesma badalação do argentino, é considerado pelos especialistas da Espanha como peça fundamental no esquema.
Joaquim Piera, correspondente do Sport no Brasil, vê em Xavi a alma do Barcelona. Mais até do que o “fora de série” Messi, um jogador diferente todos os esquemas.
Xavi Espanha (Foto: Getty Images)Xavi é referência também na seleção espanhola
(Foto: Getty Images)
- O Xavi, de fato, é o diretor da orquestra. É o jogador que melhor interpreta a filosofia do Barcelona. Além do Messi, que é um fora de série, o Xavi tem sido nesses últimos anos fundamental à equipe, assim como é para a seleção espanhola – disse o jornalista, que vive há nove anos em São Paulo.
Referência mundial
Segundo Piera, Xavi sofreu em seu começo como profissional do Barcelona, em 1998, por conta de comparações com Guardiola, que mais tarde se tornaria um vitorioso técnico no clube catalão. Mais do que isso, o jornalista afirma que o meia só se soltou no time após as saídas dos brasileiros Deco e Ronaldinho Gaúcho.
- Vi Xavi explodir como jogador depois que o Deco e o Ronaldinho Gaúcho deixaram o Barcelona. Antes disso, também sofreu com uma comparação com o Guardiola. Esteve até a ponto de deixar o time. Quando o Barça tinha o Deco e o Ronaldinho, faltava personalidade ao Xavi para chamar a responsabilidade .
Agora referência mundial na armação de jogadas, Xavi tem uma missão com a seleção espanhola, assim como o Barcelona, dependente do seu bom futebol.
- Como a coluna vertebral da seleção é o Barcelona, o Xavi é um jogador fundamental. O time vai depender muito dele e vai chegar mais longe dependendo do que ele render – finalizou Joaquim Piera.
Dividida em quatro grupos, a Eurocopa conta com Grécia, Polônia, República Tcheca e Rússia no Grupo A. Alemanha, Dinamarca, Holanda e Portugal no B. Croácia, Espanha, Irlanda e Itália no C. E França, Inglaterra, Suécia e Ucrânia no D.
Espanha (Foto: Reuters)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Palmas para o Maestro: Felipe faz a diferença e decide contra o Fla

Camisa 6 mostra dedicação, balança a rede duas vezes e é o grande nome da semifinal. Na entrevista, ironiza rivais e sua falta de gols: 'Por isso é feriado'

 

 

Bola debaixo do braço. Chamando a responsabilidade para si, faz sinal negativo para Diego Souza. Os instantes que antecederam a cobrança do pênalti marcado a favor da equipe vascaína, no início do segundo tempo, resumiram a atuação de Felipe na semifinal da Taça Rio entre Vasco e Flamengo. O camisa 6 assumiu a postura de líder e comandou o time na vitória por 3 a 2 sobre o rival.
Dois desses gols foram marcados pelo Maestro, um no pênalti que fez questão de bater, mesmo não sendo o cobrador oficial, e outro em um chutaço de fora da área, que bateu na trave antes de entrar. Em ambos, fez questão de correr em direção à torcida, bater no peito e beijar o escudo cruz-maltino.
- Em um clássico, é importante exercer a liderança em prol do grupo. A dedicação de todos é o que conta, como o sacrifício do Alecsandro em ajudar na marcação, por exemplo. O Vasco tem um elenco muito forte. O Juninho ficou no banco porque era o melhor para o grupo. O Vasco é uma família muito unida. Eu fui um pouco mais importante do que outros nesse jogo, mas na próxima partida vai ser outro. É assim que se ganha títulos – disse o meia.
Além dos gols, era dos pés do meia que saíam as melhores jogadas do time. Por várias vezes, o camisa 6 deixou seus companheiros em boa situação para finalizar. Isso até ser substituído, aos 25 do segundo tempo. Cansado depois de ter ajudado na marcação durante todo o tempo em que esteve em campo, o jogador de 34 anos foi ovacionado pela torcida, que reconheceu seu esforço. No banco, sofreu com o resto da partida e, nos minutos finais, foi para a beira do gramado pedir o fim do jogo. No apito final, abraçou o técnico Cristóvão Borges e entrou no campo para cumprimentar um a um seus companheiros.
Os números da partida mostram a importância do meia. Além de ter marcado dois gols, finalizou mais quatro vezes - no rebote de uma delas, Eder Luis fez o outro gol do time. Dos 18 passes que deu, apenas um não foi executado corretamente. O jogador ainda roubou duas bolas que ajudaram a puxar contra-ataques. E, embora tenha saído pouco do meio-campo (veja no mapa de calor abaixo), percorreu 7,2 km, um pouco menos que Rômulo (9,5 km), o vascaíno que maior distância percorreu, mas atuando os 90 minutos.
Mapa de calor - felipe vasco (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)
- Felipe é um jogador experiente, com qualidade técnica muito grande. Era o articulador do nosso time. Montamos o time de uma forma que ele organizasse a equipe. Ele assumiu a responsabilidade, o que não é grande coisa para ele, que já está muito acostumado com isso. A equipe deu um suporte muito grande para ele – afirmou o técnico Cristóvão Borges.
Na entrevista coletiva, brincadeiras e ironias a Love
Mas não foi só dentro das quatro linhas que Felipe se destacou neste domingo. Na entrevista coletiva após a partida, o jogador arrancou risadas com as tiradas inteligentes e a resposta a Vagner Love. Ao adversário, que havia dito que queria o time do Vasco inteiro para “depois não ter desculpa”, o meia respondeu:
- As partidas se ganham dentro de campo e não fora. Agora posso responder ao Love. Ele tem 28 dias para descansar e se preparar para o Brasileiro. Futebol se ganha dentro de campo. Quem ganha a vida com a boca é cantor. Agora ele vai ter muito tempo para curtir com a família e, no domingo, às 16h, nos assistir na final.
Felipe contra o Flamengo:
Finalizações: 6 (foi o principal do Vasco; em 2º, Fellipe Bastos, Eder Luis e Diego Souza, com 4)
Passes: 18 no total, 17 certos
Faltas sofridas: 2
Roubadas de bola: 2
Distância percorrida: 7,2 km
Outro momento engraçado aconteceu quando foi questionado sobre a última vez em que marcara dois gols no mesmo jogo. Afinal, estava difícil achar uma resposta (foi a primeira partida em que isso aconteceu desde o retorno do meia ao clube, em agosto de 2010).
- Pergunta difícil essa. Não lembro. Acho que nunca fiz dois gols. Fico muito feliz em servir os companheiros. Por isso que amanhã (segunda) é feriado.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Osvaldo tenta repetir atuações de 2011 para ser protagonista no Tricolor

Atacante diz que responsabilidade de jogar no Tricolor é maior, mas está confiante no páreo por um posto no time de Emerson Leão


osvaldo são paulo apresentação (Foto: João Neto/VIPCOMM)
Desde 2008, quando ganhou o prêmio de revelação da Série B à frente do Fortaleza, o atacante Osvaldo sempre foi o protagonista de seu time. Foi assim no Braga, de Portugal, no Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, e no Ceará. Agora, recém-contratado pelo São Paulo, o jogador terá concorrentes de peso na “disputa” pelos holofotes do Morumbi, como o ídolo tricolor Luis Fabiano.

Osvaldo não pensa em ofuscar o brilho do Fabuloso, mas também não se coloca como coadjuvante.
- Aqui tem vários jogadores de qualidade, como o Luis Fabiano, mas vou procurar fazer meu trabalho, repetir aquilo que fiz ano passado. Vou trabalhar firme para ajudar meus companheiros e a equipe do São Paulo.

Foi justamente o desempenho de Osvaldo em 2011 que o levou ao Tricolor. Com cinco gols, o atacante foi o destaque do Ceará no Brasileirão. Ele relembra suas partidas contra o São Paulo e conta que suas atuações serviram como uma vitrine para ele chegar ao time do Morumbi.
- Foram dois jogos no Presidente Vargas (em Fortaleza) e dois aqui em São Paulo. Eu me destaquei bastante, mas não fiz gol. Rogério até pegou um pênalti meu no Presidente Vargas, mas foi bom, assim como foi o campeonato inteiro. Mantive uma regularidade boa, sem lesão.
Aos 24 anos, Osvaldo se destacou pela sua velocidade. O atacante, que gosta de atuar pelas pontas, quer também ganhar notoriedade nas assistências. Tudo para repetir o sucesso que teve no Ceará. Ele diz que a responsabilidade, agora, é ainda maior, mas está confiante de que conseguirá buscar seu espaço no time de Emerson Leão.
- Pela grandeza do São Paulo, a responsabilidade aumenta. Por outro lado, o clube dá uma estrutura muito boa, e isso vai ajudar bastante.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Após seis horas, Tricolor e agente de Nilmar não chegam a acordo

Diretoria do São Paulo quer fechar acordo com o jogador antes
de apresentar garantias bancárias pedidas pelo time espanhol


Nilmar gol Villareal (Foto: AP)

A primeira reunião entre a diretoria do São Paulo e os representantes de Nilmar terminou sem o desfecho que a torcida tricolor tanto esperava. O encontro reuniu no estádio do Morumbi o diretor de futebol do Tricolor, Adalberto Baptista, o empresário do jogador, Orlando da Hora, e o advogado do atleta, André Ribeiro. Durante seis horas, discutiram a questão salarial para um possível retorno ao futebol brasileiro.
No Villarreal, o atacante recebe € 2 milhões por ano (equivalente a R$ 4,58 milhões), o que significa R$ 381 mil mensais. É um valor alto para os padrões do Tricolor, mas que é possível ser contornado com a ajuda de patrocinadores, exatamente como o clube do Morumbi faz com Luis Fabiano, que recebe uma parte de seus vencimentos de parceiros são-paulinos - segundo o próprio Fabuloso, 60% de seu salário é pago pelo clube, e o restante vem de acordos envolvendo o departamento de marketing.
No clube espanhol, Nilmar não recebe salários há três meses, segundo revelação feita pelo empresário em entrevista à rádio Globo na última segunda-feira. Com o Villarreal, o São Paulo já encaminhou o acordo, faltando apenas apresentar as garantias bancárias. No entanto, para dar prosseguimento a essa parte, o Tricolor quer primeiro bater o martelo com o jogador.
E é aí que mora o problema. Orlando da Hora deixou claro que gostaria que seu cliente seguisse na Europa e afirma ter nas mãos duas propostas oficiais. Nesse caso, o negócio teria de ser feito até a próxima terça-feira, dia 31, quando se encerra a janela de transferências. O que pesa a favor do São Paulo é a família de Nilmar, simpática ao clube e à ideia de ele retornar ao Brasil.
Em um rápido contato, o diretor de futebol, Adalberto Baptista, não quis dar nenhum detalhe sobre o desfecho da reunião. Apenas afirmou que irá para Presidente Prudente nesta quarta-feira para acompanhar a partida contra o Oeste de Itápolis.

Com gol aos 44, Corinthians derrota Flu e é octacampeão da Copinha

Zagueiro e capitão Antônio Carlos marca duas vezes, garante a vitória por 2 a 1, de virada, e faz a festa de 37 mil torcedores no Pacaembu


Um futebol de gente grande. Os garotos do Corinthians mostraram que a bola já não é mais brincadeira e, em uma final emocionante, decidida apenas no fechar das cortinas, conquistaram pela oitava vez o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior com uma vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense. Uma vitória que veio do jeito que o corintiano está acostumado: de virada, com um gol aos 44 minutos do segundo tempo e com o estádio lotado. Mais de 37 mil pessoas estiveram no Pacaembu e viram o zagueiro e capitão, Antônio Carlos, se tornar o herói da manhã desta quarta-feira.
Ele marcou os dois gols da equipe paulista e fez da final entre os dois maiores campeões da Copinha um verdadeiro show de bola. Gigantes, os garotos pouco sentiram o calor da capital paulista e proporcionaram um duelo cheio de velocidade, dribles, belas defesas, drama e muita emoção. No fim das contas, melhor para o Timão, que, em sua 15ª final da competição, faturou a oitava taça. 
torcida do Corinthians na final da Copa SP (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Corintianos fazem a festa com o oitavo título da competição (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Calor e equilíbrio
Os corintianos aproveitaram o feriado de aniversário de 458 anos da cidade de São Paulo para lotar o Pacaembu e foram contemplados por um calor escaldante. Porém, em campo, o sol parecia não incomodar os jogadores. Os dois times começaram com a corda toda.

Logo de cara, o Fluminense foi mostrando à torcida alvinegra que não estava na decisão à toa. Aos quatro minutos, Marcos Junio levou a melhor em uma dividida com o zagueiro Marquinhos e obrigou o goleiro Matheus Caldeira a fazer grande defesa. A resposta foi imediata. O lateral-direito Cristiano fez boa jogada individual e disparou um foguete, exigindo Silézio salvasse a meta tricolor.
Passada a tensão inicial do jogo, o Corinthians até começou a ter mais posse de bola e apostava nas jogadas pelas pontas, mas a defesa do Flu freava as investidas com uma defesa bem postada. O time “visitante” adotou uma estratégia de recuar seus jogadores para congestionar o setor defensivo. Mas o Tricolor esteve longe de apenas se proteger. Muito pelo contrário.
Os contra-ataques do Flu deram trabalho a Matheus Caldeira. Higor, Eduardo e, sobretudo, Marco Junio chegavam bem ao ataque, sempre na base das tabelas. Na mais perigosa, aos 21 minutos, o mesmo Junio cabeceou rente à trave.
Nos minutos finais, o sol, enfim, parece ter abatido os jogadores. Os elencos não conseguiram manter o ritmo forte e, apesar das inúmeras tentativas, o placar não foi movimentado.
Antônio Carlos comemora gol do Corinthians na final da Copa SP contra o Fluminense (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Antônio Carlos comemora gol que deu o empate ao Timão (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Gol heroico
Na volta do intervalo, o técnico Narciso ainda estava irritado com a atuação aquém do esperado do Corinthians. E a irritação aumentou mais quando a bola voltou a rolar. Logo aos quatro minutos da etapa complementar, Marcos Junio, sempre ele, fez boa jogada pela direita e cruzou para Michael. O goleiro Matheus Caldeira até teve a bola nas mãos, mas se atrapalhou e deixou a bola nos pés do atacante. Um vacilo fatal, o primeiro em toda a Copa São Paulo - apenas o reserva Ravi havia sido vazado na competição.
A desvantagem assustou o Timão, que se lançou ao ataque com tudo. Porém, longe de ter a mesma organização apresentada na primeira etapa. O Flu, por sua vez, se manteve perigoso. Ronan e Marco Junio sentiam-se em casa e, se não fosse pelas boas defesas de Matheus Caldeira, teriam feito o segundo do Tricolor.
Aos poucos, o Corinthians foi se recuperando do susto e conseguindo neutralizar os contra-ataques do Flu. De tanto insistir, enfim, o gol de empate veio aos 21 minutos. Após cobrança de escanteio de Matheus, o capitão Antônio Carlos subiu mais alto que todo mundo e, de cabeça, não deu chances a Silézio.
O que era para ser uma festa, virou apreensão instantes depois. Matheus Caldeira sentiu uma lesão, mas não quis deixar o campo. Mesmo mancando bastante, o arqueiro se esforçava para seguir à frente da meta corintiana. No entanto, a pressão tricolor era grande. Depois de Higor quase colocar o Flu novamente na dianteira, aos 31 minutos, o técnico Narciso resolveu colocar o reserva Ravi em campo.
O medo de tomar o gol fatal nos últimos minutos fez com que o Tricolor começasse a cozinhar a partida, tentando levar a decisão para os pênaltis. Um tiro no pé. O Corinthians partiu para o ataque e, no apagar das luzes, fez o gol do título. Coube novamente a ele. Antonio Carlos, novamente de cabeça, mais uma vez após cobrança de escanteio, balançou a rede e sacramentou a vitória aos 44 minutos.

Nos acréscimos, Marcelo Veiga ainda colocou Rafael Assis para tentar um empate nos acréscimos. Mas já era tarde. Festa da torcida corintiana, que comemora o octacampeão da Copinha.